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Channel: monstro – 101 Horror Movies
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571 – A Vingança do Diabo (1988)

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Pumpkinhead

1988 / EUA / 86 min / Direção: Stan Winston / Roteiro: Mark Patrick Carducci, Gary Gerani; Mark Patrick Carducci, Stan Winston, Richard Weinman (história)(baseado no poema de Ed Justin) / Produção: Bill Blake, Howard Smith, Richard Weinman; Alex De Benedetti (Produtor Executivo) / Elenco: Lance Henriksen, Jeff East, Joh D’Aquino, Kimberly Ross, Joel Hoffman, Cynthia Bain, Tom Woodruff Jr.

A Vingança do Diabo (ou Sangue Demoníaco, outro título que ganhou aqui no Brasil) é um daqueles filmes obscuros de terror oitentista bem quisto pelos fãs do gênero. E foi só quando fui assisti-lo novamente para escrever a resenha que reparei no nome por trás das câmeras: Stan Winston.

Se você não sabe quem é Stan Winston, deveria ter vergonha! O cara simplesmente foi um dos magos dos efeitos especiais de Hollywood, e tem no currículo nada mais nada menos que a criação do Exterminado do Futuro, os xenomórfos de Aliens, O Resgate, a criatura invisível de O Predador, e até mais recentemente, a armadura de Tony Stark (tira onda, que é cientista espacial) em Homem de Ferro. E A Vingança do Diabo é seu primeiro filme como diretor (apesar de já ter trabalhado como diretor de segundo unidade em Aliens de James Cameron).

Claro, não é uma estreia glamorosa para um cara como o gabarito dele no ramo do FX, mas o que isso importa para nós, apreciadores do gênero? Pois seu toque em A Vingança do Diabo transforma o que poderia ser um filme trash do pior calibre, ao melhor estilo Abominável Criatura, em uma experiência visual extremamente satisfatória, por um simples motivo: o visual do tal Pumpkinhead (que em tradução literal seria Cabeça de Abóbora, inspirado no poema de Ed Justin, baseado em uma lenda folclórica americana).

Pumpkinhead, o empalador!

Pumpkinhead, o empalador!

Mas não pense que é só isso não. Apesar de ser extremamente satisfatório ver um trabalho tão bem feito para um filme B, com CGI zero e só as velhas técnicas de efeitos visuais, a história também é das mais interessantes, com toda uma sinistra atmosfera rural gótica, auxiliada pela fotografia azulada de Bojan Bazelli e todo aquele aparato clássico como névoa, cemitérios, árvores de galhos retorcidos, cabanas velhas, bruxas, e tudo mais e ainda a atuação do sempre querido Lance Henrikssen, outra figurinha carimbada do horror e do sci-fi.

A vingança, no entanto, não vem do diabo, não. Na verdade o Coisa-Ruim não tem absolutamente nada a ver com o causo.  Acontece que o caipira Ed Harley (Henriksen) perde seu filho, o pequeno Billy (Matthew Hurley) de forma trágica. Um bando de jovens arruaceiros para na sua ~ loja de conveniência e acaba atropelando o moleque durante uma manobra de motocicleta. Como o causador do acidente já tinha passagem pelo xadrez e estava em condicional, foge deixando o garoto lá.

Harley sente todo o pesar da morte do único filho que amava tanto, e entorpecido por uma raiva sem limites, decide procurar uma antiga (e horripilante, diga-se de passagem) anciã que mora em uma cabana isolada na montanha, em busca do secular espírito do Pumpkinhead, para que ele realize sua vingança dando cabo do grupo de jovens, por meio de um pacto de sangue.

Tô possesso!

Tô possesso!

Daí para frente, a criatura das trevas começa a caçar um por um, parando somente quando todos forem eliminados, primeiro de forma subentendida, com closes apenas de seus longos braços e garras, mas no decorrer da fita, ele é mostrado em todo seu esplendor esquelético e aterrador, interpretado por Tom Woodruff Jr., deixando uma trilha de sangue por onde passa. O problema é que o pacto não sai como esperado e Harley então resolve intervir, para tentar evitar a carnificina, principalmente quando descobre que ele passa a sentir toda a fúria e maldade de Pumpkinhead quando dilacera as suas vítimas.

Por conta de um pedido do próprio Winston, os roteiristas Mark Patrick Carducci e Gary Gerani fizeram tanto o Pumpkinhead quanto Haggis, a anciã da montanha, muito mais sombrios que o previsto. Melhor, para não dar espaço para nenhum tipo de alívio cômico tão costumeiro dos filmes de terror dos anos 80. Ambos também se inspiraram nos filmes de terror de Mario Bava, o maestro do macabro, e fica bem claro na ambientação gótica da trama.

A Vingança do Diabo quase não viu a luz do projetor, pois ficou órfão com a falência da De Laurentiis Entertaniment Group (sim, aquela do Dino de Laurentiis), que originalmente distribuiria o filme. Porém ele ganhou um lançamento pequeno quando seus direitos foram adquiridos pela United Artists, que testou o filme em alguns cinemas e recebeu a aprovação do público. Ironicamente, ele foi exibido com o título “Vengeance – The Demon”. Talvez daí os brazucas se inspiraram para batizá-lo por aqui. Acabou ganhando certo espaço no coração dos fãs do horror, nas prateleiras das locadoras e nas reprises da televisão, ganhando mais três continuações, uma delas direto para o vídeo em 1993 e as outras duas, de 2006 e 2007, feitas para a TV.

Puro osso!

Puro osso!

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573 – Abismo do Terror (1989)

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DeepStar Six

1989 / EUA / 105 min / Direção: Sean S. Cunnigham / Roteiro: Lewis Abernathy, Geof Miller / Produção: Sean S. Cunningham, Patrick Markey; Mario Kassar, Andrew G. Vajna (Produtores Executivos) / Elenco: Taurean Blacque, Nancy Everhead, Greg Evigan, Miguel Ferrer, Nia Peeples, Matt McCoy, Cindy Pickett

Já escrevi aqui no blog sobre diversos filmes de minha infância em que aconteceu praticamente a mesma coisa: assisti na Tela Quente, depois se perdeu no limbo da memória, com apenas alguns fragmentos de cenas, o nome foi esquecido por completo e só consegui redescobri-lo anos mais tarde por conta da Internet. Abismo do Terror é mais um desses.

Sempre me lembrava da história de um artrópode (foi a primeira vez que ouvi a palavra “artrópode”) gigantesco atacando um base submarina e também do sujeito que morria esmagado pelos efeitos da descompressão ao tentar voltar à superfície (foi a primeira vez que descobri os efeitos da descompressão). Mais tarde pude assisti-lo novamente e saquei duas coisas:

A primeira é que a direção era de Sean S. Cunningham, ninguém mais, ninguém menos que o criador de Sexta-Feira 13. A segunda é que certos filmes não deveriam ser revistos e viver para sempre no seu intocado imaginário pueril, porque Abismo do Terror é um sci-fi B, mas com B maiúsculo, e aquele artrópode, ah, aquele artrópode que me fascinou na juventude, parece mais obra de um Roger Corman só com um pouquinho (tiquinho assim, ó) mais de grana.

Todo mundo em pânico!

Todo mundo em pânico!

Outro detalhe curioso quando revi é que na lata veio a suposição: mas é uma cópia deslavada de O Segredo do Abismo, de James Cameron. Mas eis que não, pois na verdade, Abismo do Terror foi lançado alguns meses antes. Na verdade MESMO, ambos os roteiros foram escritos simultaneamente (e ainda tem Leviathan, também de 1989, que é na mesma pegada) e Cameron e Lewis Abernathy, escritor deste aqui, eram amigos. O “Rei do Mundo” até pediu para o parça atrasar o lançamento do filme para ambos não competirem, mas o muy amigo tocou um foda-se, seguiu em frente com seu projeto e gerou uma treta entre os dois, resolvida somente anos mais tarde.

Enfim, modinha na época, o lance de colocar humanos em perigo em uma estação no fundo do oceano não deu muito certo nesse caso aqui (e falando de bilheteria, nem em Leviathan e nem no filme de Cameron). E olha que acho uma ideia tão bacana quanto os filmes espaciais, pela mesma sensação de claustrofobia e perigo iminente. No caso, a estação DeepStar Six foi incumbida pela marinha americana de descobrir um local subaquático para instalar uma base de mísseis submersa, afinal, nunca se sabia o que os petralhas, ops, comunistas, podiam aprontar e a missão deles era trabalhar para garantir um mundo melhor.

Mas ao encontrar um local inexplorado no fundo do oceano, uma imensa caverna é descoberta, e obviamente uma criatura dada como extinta há milhões de anos faria dali seu lar. Um acidente libera esse crustáceo que começará a fazer suas vítimas. Após algumas perdas trágicas, o grupo recebe ordens para realizar a descompressão e submergir. O ganancioso Van Gelder (Marius Weyers) exige que os mísseis passem por um procedimento de segurança, mas o descompensado Snyder (Miguel Ferrer) acaba detonando-os, e a onda de choque atinge a estação submarina com tudo, causando avarias irreparáveis, fazendo com que os demais tripulantes fiquem presos no local, e para piorar, com oxigênio acabando e com o resfriamento do reator danificado, tudo irá explodir dali a poucas horas.

O escafandro e o artrópode

O escafandro e o artrópode

Tentando consertar a cagada e se safarem é que o monstro marinho consegue adentrar o local. Mudando constantemente de proporção, diga-se de passagem, pois inicialmente a criatura era gigantesca, daquele tipo monstro abissal, sabe? Mas de repente ele passa por uma escotilha e fica ali escondidinho embaixo d’água dentro do compartimento submerso. Snyder continua sendo o rei da presepada, matando Van Gelder com uma lança que explode seu peito e depois fugindo em disparada pela cápsula de escape sem o processo de descompressão, virando sopa.

No final das contas sobra o tosquíssimo casal sem a menor empatia e dono das atuações mais sofríveis, McBride (Greg Evigan), o herói, e Laidlaw (Taurean Blacque) a garota grávida em perigo, que precisam sair do local antes que tudo vá pelos ares (quer dizer, pelos mares…) e sobreviver ao ataque do caranguejo gigante de borracha tosco que muda a todo momento de tamanho. Olha, é uma pérola!

Até aquele costumeiro clima de suspense desse tipo de produção, com o apelo do fantástico, vai se mantendo por Cunningham o máximo que dá. Mas uma hora, o vilão teria que dar as caras, e aí, sacumé. Decente mesmo é quando o sujeito é devorado pela metade pelo bicho e fica dentro de uma roupa de mergulho e escafandro, pendurado de um lado para o outro com sangue gotejando. E o efeito da pressão explodindo o outro caboclo (mesmo que o espatifar final seja em off screen, infelizmente).

Então Abismo do Terror fica mesmo a título de curiosidade. E para aqueles que se lembram de sua exibição no horário nobre dos filmes da Rede Globo às segundas-feiras nos anos 90 e tem sua memória saudosista constantemente traída.

Siri na lata

Siri na lata

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O DVD de Abismo do Terror não foi lançado no Brasil.

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579 – Leviathan (1989)

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1989 / EUA / 98 min / Direção: George P. Cosmatos / Roteiro: David Webb Peoples, Jeb Stuart / Produção: Aurelio De Laurentiis, Luigi de Laurentiis; Charles Gordon, Lawrence Gordon (Produtores Executivos) / Elenco: Peter Weller, Richard Crenna, Amanda Pays, Daniel Stern, Ernie Hudson, Michael Carmine, Lisa Eilbacher, Hector Elizondo

Leu meu post sobre Abismo do Terror? Lá falei que o ano de 1989 foi o ano dos filmes submarinos de terror/ficção científica. Além do já citado, do longa O Segredo do Abismo de John Cameron (o mais conhecido de todos), temos também Leviathan, outra trasheira submersa com pretensão de superprodução.

Vale falar logo no começo do post que Leviathan é melhor que Abismo do Terror. Tudo bem que isso seja nivelar por baixo. Mas é o típico filme B que dói até a medula, mas consegue divertir, exatamente por todos os seus pontos negativos. Começa que essa produção da MGM parece na verdade um remendão de vários filmes de horror com sci-fi, mas com certeza, o que grita mais alto é a cópia descarada de O Enigma de Outro Mundo, de John Carpenter, com pitadas de Alien – O Oitavo Passageiro, de Ridley Scott.

Mais uma vez evocando o post anterior do filme “coirmão”, continuo achando sensacional a ideia de filmes com humanos em perigo em uma estação no fundo do oceano, tão bacana quanto no espaço, pela mesma sensação de claustrofobia e de perigo iminente, ainda mais colocando alguma criatura mortal na jogada. Então pela segunda vez no mesmo ano, um bom argumento foi jogado no lixo e completamente mal aproveitado.

Gangrena mode on

Gangrena mode on

Na trama, os trabalhadores da Tri-Oceanic Corp estão nos seus últimos dias de trabalho, realizando uma expedição de mineração subaquática, depois de seis meses de extração de minério. Em uma dessas expedições, eles encontram um navio soviético naufragado chamado Leviathan (nome dado à criatura marinha mitológica que aterrorizava o imaginário dos navegantes europeus durante a Idade Média) e levam um cofre cheio de bugigangas para o interior da estação.

Entre essas quinquilharias, registros médicos, algumas fitas contando que toda a tripulação começou a adoecer rapidamente, vítima de um poderoso vírus, e também um cantil de alumínio com vodka (era um navio russo!), que dois dos membros da Tri-Oceanic resolvem tomar e logo são infectados por um contágio de origem desconhecida. Uma mutação genética em ambos começa a acontecer e eles desenvolvem uma aparência disforme, transformando-se em uma criatura amorfa, exatamente da mesma forma que O Enigma de Outro Mundo, como falei lá em cima, até chegar em uma aparência “inspirada” em Alien – O Oitavo Passageiro, como também disse lá em cima, que também emula do filme da barata espacial seus corredores claustrofóbicos cheio de tubos e máquinas, e um suspense dos mais canhestros.

Vamos falar de coisa boa? Não, não é da Tekpix e nem da iogurteira TopTherm, mas sim da única coisa que salva o filme do seu naufrágio (hein, hein?) total. Que são os efeitos especiais, feitos dentro da possibilidade de um baixo orçamento. Há muita nojeira e uma boa quantidade de gore para animar os fãs, e algumas das fases da metamorfose da aberração também são bastante interessantes, ainda mais que a equipe da Stan Winston Studios foi responsável pelo monstro marinho de borracha e poliuretano. Para o design final da criatura, de 50 a 60 esboços foram enviados pela equipe de Winston para o diretor George P. Cosmatos. Daí todos os desenhos foram combinados para o visual definitivo do leviatã, uma enorme besta com cabeça de peixe com dentes em forma de punhais, membros alongados e a capacidade de absorver características reconhecíveis de suas vítimas (de novo, O Enigma de Outro Mundo vem à tona… tá eu paro com essas piadinhas). No final das contas, ficou ó… uma bosta! Naipe inimigo dos Power Rangers.

Meu nome é Alex Murphy!

Meu nome é Alex Murphy!

Agora, de resto, o filme é uma bomba.  No parágrafo anterior eu citei que a direção é de Geroge P. Cosmatos. Esse nome não lhe é estranho, certo? O cara foi diretor de Rambo II – A Missão e Stallone Cobra!!!!!!!! Duas das maiores canastrices de ação dos memoráveis anos 80. Então claro, que não devemos esperar nada de brilhante do cineasta. E o elenco então, que é formado por uma verdadeira gangue de coadjuvantes sem futuro, e cada um consegue uma atuação pior do que a outra.

A exclusiva lista dos fracassados inclui: o protagonista, geólogo chefe da missão, Steven Beck, vivido pelo inexpressivo Peter Weller, ou melhor, pelo RoboCop, que consegue uma interpretação muito melhor como um policial robótico com os movimentos duros e rosto coberto por um capacete; o médico-futuro-traíra-clichê, Dr. Glen Thompson, papel de Richard Crenna, o eterno Coronel Trautman da trilogia Rambo; Amanda Pays, que você deve se lembrar da série do Flash dos anos 90 como a Dr. Tina McGee e do episódio do maluco pirocinético da primeira temporada de Arquivo X, que interpreta Beth Williams; e ainda no elenco, os personagens Sixpack de Daniel Stern (o ladrão trapalhão parceiro de Joe Pesci em Esqueceram de Mim), Justin Jones de Ernie Hudson (o nunca lembrado Caça-Fantasma, Winston Zeddemore) e o G.P. Cobb de Hector Elizondo, (o Maestro de Férias do Barulho com Johnny Depp e da série Chicago Hope futuramente). Que timaço de atores! SQN!

Juntando todos esses elementos, não tinha mesmo como Leviathan funcionar, certo? Mas ainda assim, ele bravamente tenta se levar a sério a todo o momento. Isso sem contar o final vergonha alheia total, que de novo, funciona como outra cópia mal feita, dessa vez de Tubarão. Pelo menos, tem uma história de pano de fundo interessante que serve como suporte, além de, vá lá, seus bons e nojentos momentos, o que funciona para quem curte esse tipo de podreira, ou então para os mais saudosistas.

Leviatão!

Leviatão!

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O DVD de Leviathan não foi lançado no Brasil.

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596 – A Criatura do Cemitério (1990)

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Graveyard Shift

1990 / EUA / 89 min / Direção: Ralph S. Singleton / Roteiro: John Esposito (baseado no conto de Stephen King) / Produção: William J. Dunn, Ralph S. Singleton; Anthony Labonte, Joan V. Singleton (Produtores Associados); Bonnie Sugar, Larry Sugar (Produtores Executivos) / Elenco: David Andrews, Kelly Wolf, Stephen Macht, Andrew Divoff, Vic Polizos, Brad Dourif

 

Nessa altura do campeonato, adaptações ruins de contos de Stephen King para a telona já era mato. Mas olha que esse A Criatura do Cemitério merece uma medalha. Produtores querendo ganhar uma grana levando o público fã do Mestre do Terror para os cinemas simplesmente topavam qualquer negócio, achando que a bilheteria estava garantida.

Não foi o caso de A Criatura do Cemitério. Não há marketing que salve uma bomba dessa magnitude, muito menos a heresia que a distribuidora do VHS nacional cometeu, ao escrever bem a seguinte frase em sua capa: “Stephen King aterrorizou em O Iluminado e Carrie. Desta vez ele se superou”. Só faltou assinar: LISPECTOR, Clarice. O filme ainda teve a distribuição da Paramount Pictures, gastou 10 milhões de dólares, mas faturou 11 milhões, mal se pagando.

A Criatura do Cemitério foi inspirado no conto homônimo “The Graveyard Shift”, aqui no Brasil, “O Último Turno”, publicado na coletânea “Sombras da Noite” de 1978. E vale aqui um adendo que o livro foi um celeiro de histórias para filmes execráveis. Para ter uma ideia, saíram de suas páginas as pérolas do gênero: Mangler, O Grito de Terror, Às Vezes Eles Voltam, Passageiro do Futuro e Comboio do Terror. Tá bom para você?

Enfim, em uma cidadezinha do Maine (ah, vá?) há um moinho têxtil chamado Moinho Bachman (para quem não sabe, Bachman é o sobrenome do pseudônimo de Stephen King) onde um funcionário do turno da noite que cuida da máquina que desfia algodão é morto de forma violenta e misteriosa. Um forasteiro, John Hall (David Andrews) é contratado em seu lugar pelo sacana dono do empreendimento, Warwick (Stephen Macht), que pagou uma boa propina para a fiscalização não fechar o local após uma conferida na zona que era o porão da fábrica, logo depois do acidente.

Tá na mesa, pessoal!

Tá na mesa, pessoal!

Mas ele precisa limpar aquele porão e oferecendo pagamento dobrado para um bando de trabalhadores durante o feriado de 04 de julho (e algumas chantagens e extorsões), eles se embrenham em uma missão no meio das tranqueiras infestadas de ratos, sujeira, ferro velho acumulado durante anos e documentos antigos, sem imaginar que uma terrível criatura quiróptera mutante vive por ali. Sim, é como se o inimigo do Batman, o Morcego Humano fizesse do local sua residência. Agora imagine a limitação orçamentária impondo efeitos especiais, de maquiagem e mecânicos de terceira categoria para o bicho e BINGO, você tem aí a trasheira que dói até a medula.

E olha que nem vale a pena falar no quão a história é rasa, os personagens são descartáveis, o roteiro é cheio de buracos e as atuações são do pior calibre possível (salva-se apenas Brad Dourif, a eterna voz do boneco Chucky, como um exterminador). Tudo poderia ser ruim, mas nada, nada se compara ao monstrengo. Ainda bem que pelo menos ele aparece pouco em cena e é filmado geralmente em close, porque senão a vergonha seria maior. A quem eles queriam enganar ou assustar? A máxima que de tão ruim fica bom, não se aplica aqui, definitivamente.

Uma curiosidade é que lá no final dos anos 80, Tom Savini estava cotado para dirigi-lo, mas o projeto foi colocado de lado pela falta de interesse do estúdio. Não sei nem como e nem o porquê desengavetaram essa ideia. Mas então me pego pensando hipoteticamente que talvez, apenas talvez, a presença de Savini pelo menos elevasse a fita no quesito FX.

Mas além de tudo, A Criatura do Cemitério é um filme chato. Ruim, sabe? Mais que isso, é uma afronta ao espectador, reflexo desastroso dessa obsessão dos produtores em adaptar qualquer história de King (e olha que o conto é dos bons, viu) de qualquer jeito achando que vai ter retorno, como disse lá em cima. Infelizmente, era uma prática das mais comuns.

I'm Batman!

I’m Batman!

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O DVD de A Criatura do Cemitério não foi lançado em DVD no Brasil.

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648 – Frankenstein de Mary Shelley (1994)

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Frankenstein-1994

Frankenstein

1994 / EUA, Japão / 123 min / Direção: Kenneth Branagh / Roteiro: Steph Lady, Frank Darabont (baseado no livro de Mary Shelley) / Produção: Francis Ford Coppola, James V. Hart, John Veitch; Kenneth Branagh, David Parfitt (Coprodução); David Barron, Robert De Niro, Jeff Kleeman (Produtores Associados); Fred Fuchs (Produtor Executivo) / Elenco: Robert De Niro, Kenneth Branagh, Tom Hulce, Helena Bonham Carter, Aidan Quinn, Ian Holm

 

Em meu último post eu usei a seguinte frase que sou obrigado a repeti-la aqui para falar sobre Frankenstein de Mary Shelley: “Tem a cara da presunção e da cafonice dos filmes dos anos 90, na época de um arroubo de “superproduções” mequetrefes aspirantes a oscarizadas com estrelas de Hollywood”.

Sabe, qual o problema dessa galera dos 90’s, hein? Qual diabo de status que eles queriam dar para o cinema de terror e seus monstros? Era mesmo pegar a ingenuidade e caracterização clássica criada pela Universal durante a Era de Ouro e depois pela competente britânica Hammer e transformar tudo numa paródia de si mesma, sem humanidade, cheia de pompa e megalomania? Foi assim com o Drácula de Bram Stoker do Coppola e é assim com o Frankenstein de Mary Shelley, do shakespeariano Kenneth Branagh.

Olha, eu vou contar aqui um causo pessoal sobre esse filme. Minha irmã mais velha é ligada ZERO em filmes de terror. Eu sempre fui a ovelha negra da família. Eu me lembro quando Frankenstein de Mary Shelly estreou nos cinemas aqui no Brasil e ela foi assistir com seu namorado na época. Ela voltou para casa maravilhada, extasiada com o filme, achava algo lindo, sublime. Poxa, então com certeza eu já sabia que tinha gato nessa tuba. Que para uma garota apaixonada com seus vinte e tantos anos ter gostado da película, é que de terror ela não deveria ter nada, e ser mais um romance dramalhão de época.

Ser ou não ser Frankenstein? Eis a questão!

Ser ou não ser Frankenstein? Eis a questão!

E dito feito. Quando assisti algum tempo depois em VHS, achei um saco. E o pior foi que diabos era aquela criatura de Robert De Niro? Beleza, a caracterização dele está incrível, próximo da realidade, com uma excelente maquiagem (indicada ao Oscar®, diga-se de passagem), mas na minha cabeça o monstrengo era verde, tinha dois pinos no pescoço, cabeça quadrada e cabelo escovinha, como imortalizado por Boris Karloff. Bom, eu era bem jovem, vai. E o pior, era o sujeito falando, trocando ideia e toda aquela cretinice dele aprender a ler e falar com sua afeição por uma família camponesa. Cadê os grunhidos?

Bom, isso era ignorância de quem apenas muitos anos depois teve a chance de ler o romance de Mary Shelley. Que por sinal, é uma porcaria, vai? Muito dos mal escritos, raso, sem profundidade. Certeza que ela perdeu a aposta feita entre ela, Stoker e Lorde Byron, em uma noite de tempestade, de quem criaria a história mais assustadora e tudo mais. Aí foi que eu percebi que havia sido injusto com essa pretensa adaptação fiel ao livro, pois isso de fato, ele é. O monstro realmente se envolveu com aquela família de camponeses, aprendeu a ler, a escrever, orquestrou uma vingança contra o Dr. Victor Frankenstein (papel de Branagh) que levara os dois aos confins gélidos do mundo. Também só mais tarde eu percebi o quanto A Noiva de Frankenstein é também mais próximo ao texto do que o original de 1931 de James Whale.

Mas ainda assim, Frankenstein de Mary Shelley não me desce. E mais uma vez, é por conta da pompa, dos movimentos meticulosamente calculados que o afastam do cerne do cinema de terror para torna-lo um novelão, uma superprodução, um desbunde visual superficial, com grandes atores, grandes efeitos especiais, grandes orçamentos, para serem pretensos blockbusters e arrecadar milhões em bilheterias (tal qual a adaptação “literal” do Drácula de Coppola, que por sinal, é produtor deste aqui) enquanto o gênero cru e autêntico definhava em lançamentos de qualidade duvidosa, despejados diretos nas prateleiras das vídelocadoras.

Ops...

Ops…

O cinema de terror sempre foi marginal, e Frankenstein de Mary Shelley é a antítese disso. Foi feito para levar a namorada incauta se maravilhar com a paixão e o romance entre Frankenstein e Elizabeth (Helen Bonham Carter pré-Tim Burton), com o figurino maravilhoso, os cenários majestosos, os efeitos especiais de última linha (na época), se impressionar com a atuação do De Niro com suas cicatrizes e boca torta pedindo uma companheira para aplacar sua solidão (que não evoca na real nem um pingo da dó que sentimos da incompreensão da criatura eternizada por Karloff há sessenta anos, mesmo que só com seus grunhidos).

Ou seja, não dá para gostar. Ponto. E se você gosta, é pelos motivos errados. É pela estética e por ser um drama de época, e não por ser a transposição de um dos maiores clássicos da literatura gótica de todos os tempos, influentíssimo, o que nesse quesito, ele acerta. Mas não é o suficiente, porque querendo ou não, o livro é fraco, e resvala nas telas em um drama vitoriano, com um cientista louco que não convence nem um pouco, sem um pingo de horror. Tenta ser sujo, mas é asséptico. Deveria ser feio, mas quer ser belo, poético, soando patético ao contrário.

Claro, eu não peço por um sujeito verde, todo quadradão com seus braços estendidos, casaco sujo, botas pesadas de construtor, como em Frankenstein da Universal. E nem a versão mais deformada que Christopher Lee viveu em A Maldição de Frankenstein da Hammer no final dos anos 50. A transposição do texto para as telas é crível, é real, De Niro dá conta do recado, mas Frankenstein de Mary Shelley é feito por pessoas erradas com intenções erradas. O bufante Kenneth Branagh entende de Shakespeare, mas não de um monstro clássico do cinema de terror (ou um Deus nórdico do trovão, falei aqui). Nitidamente queria-se fazer outro sucesso e jogar ao grande público o que fora feito em Drácula de Bram Stoker. Mas falta sombra, falta maldade, falta cadáveres sendo profanados de cemitérios e destroçados em prol de uma experiência terrível na tentativa de se ofender Deus e criar vida. Resumindo, falta o terror…

You talkin' to me?

You talkin’ to me?

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O DVD de Frankenstein de Mary Shelley está atualmente fora de catálogo. Compre o Blu-ray aqui.

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649 – Lobo (1994)

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Wolf

Wolf

1994 / EUA / 125 min / Direção: Mike Nichols / Roteiro: Jim Harrison, Wesley Strick / Produção: Douglas Wick; Jim Harrison, Michele Imperato (Produtor Associado); Robert Greenhurt, Neil A. Machlis (Produtores Executivos) / Elenco: Jack Nicholson, Michelle Pfeiffer, James Spader, Kate Nelligan, Richard Jenkins, Christopher Plummer

 

Olhe, vou te contar, três dos maiores monstros clássicos do cinema de terror foram judiados neste ano de 1994, hein? Primeiro os vampiros em Entrevista com o Vampiro. Depois a criatura de Frankenstein em Frankenstein de Mary Shelley. Agora o lobisomem aqui em Lobo. Se tivesse um filme da múmia, seria o ano do tetra (RÁ!).

Posso repetir aqui minha frase utilizada nos meus dois últimos posts? “Tem a cara da presunção e da cafonice dos filmes dos anos 90, na época de um arroubo de “superproduções” mequetrefes aspirantes a oscarizadas com estrelas de Hollywood”. Obrigado, de nada. Lobo de Mike Nichols estrelado por um mais uma vez caricato Jack Nicholson é mais um exemplo gritante da merda que os grandes estúdios estavam fazendo com o gênero e seus ícones.

Na verdade, fazia um bom tempo que um filme decente de lobisomem não era lançado (Um Lobisomem Americano em Londres e Grito de Horror mandam lembranças). E Lobo não foi o caso, porque eita filme RUIM isso aqui também. O básico do horror é jogado no lixo em detrimento de um orçamento de 70 milhões de dólares, grandes atores como Nicholson e Michele Pfeiffer, efeitos especiais e de maquiagem de ponta para a época, trilha sonora de Ennio Morricone, um diretor cultuado sem o menor traquejo para gênero, tudo em uma trama bunda, com apelo zero ao fã, resultando num típico filme de Supercine.

Saindo da cantina italiana

Saindo da cantina italiana

Pelo menos temos Rick Baker nos efeitos de maquiagem. Se você não sabe, é o sujeito responsável simplesmente pela melhor transformação de um humano em um licantropo no melhor filme de lobisomem de todos os tempos: Um Lobisomem Americano em Londres, de John Landis. E nesse sentido conseguimos até notar a certa ideia de homenagem que ele aplicou ao visual de O Lobisomem original, aquele eternizado por Lon Chaney Jr. com a maquiagem do mestre Jack Pierce.

Porque a mutação do personagem de Nicholson no homem lobo é bem parecida com a do infeliz Larry Talbolt no clássico da Universal, só que em uma proporção menor. Crescem pelos, costeletas, os olhos tornam-se amarelos, garras e presas ficam protuberantes. Mas absolutamente nada disso é explorado em todo seu potencial. Sem o mínimo do esplendor da transformação e da sanguinolência que um ataque feroz de lobisomem proporcionaria. Ao invés disso, o pano de fundo é uma fogueira de vaidades de vingancinha e traições que não interesse absolutamente a ninguém.

Will Randall (Nicholson) é o publisher de uma grande editora de livros, que após uma aquisição, vê seu emprego ameaçado. Na verdade o traíra de seu pupilo do marketing, Stewart Swinton (James Spader) é quem fica fazendo a cabeça do chefão, Raymond Alden (Christopher Plummer) a contratá-lo em seu lugar como editor, e como se não bastasse, ainda também está transando com a Sra. Randall (Kate Nelligan). É um escroque. Após todo o infortúnio, Randall consegue arquitetar um plano para conseguir o emprego de volta, desmoralizar Swinton e ainda passa a pegar a filha do patrão, Laura Alden, que é ninguém menos que a estonteante Pfeiffer.

LOBA!

LOBA!

Ah sim, no ínterim disso tudo, Randall é mordido por um lobo após um acidente de carro, e passa a se transformar em um lobisomem, primeiro tendo todos seus sentidos aguçados, depois maior vitalidade e rejuvenescimento, por fim, passar a ficar peludão, caçar cervos na floresta para saciar a fome e ocasionalmente, matar alguns humanos em noites de lua cheia, entre eles, sua ex-esposa (pelo menos é o que ele acredita, já que sempre acorda na manhã seguinte com amnésia).

A única forma de conter a maldição é usando um amuleto indígena e tal. Mas em determinado momento do desenrolar da trama, em um acesso de raiva Randall morde Swinton e voilá, ele também se transformará em um lobisomem, e a batalha final entre os inimigos mortais peludos, dando altos pulos cinematográficos, grunhindo e mordendo, se dará na casa de campo de Laura. Boring para cacete tudo isso! Isso sem falar do final PIEGAS que dói.

Lobo não consegue agradar ninguém. Nem os fanáticos por filmes de lobisomem (nunca vi figurar em nenhum lista dos melhores exemplares do subgênero), nem o espectador ordinário. Acho que agrada só os familiares dos envolvidos. Isso porque, sem querer ser repetitivo mas sendo, é mais um daqueles erros colossais produzidos nos anos 90, que caminhava em direção contrária aos princípios do terror, em prol de uma produção pedante azeitada de estúdio pensando em grana, enquanto o verdadeiro cinema de horror minguava aos poucos naquela década. Ao invés de ajudar, esses filmes rasos, assépticos, pretensiosos e deprimentes (como os dois últimos posts) afugentava quem verdadeiramente teria de se interessar pela coisa, prestando um enorme desserviço ao fã do horror.

Fera ferida

Fera ferida

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655 – O Castelo Maldito (1995)

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Castle Freak

1995 / EUA / 90 min / Direção: Stuart Gordon / Roteiro: Dennis Paoli, Stuart Gordon (baseado no conto de H.P. Lovecraft) / Produção: Maurizio Maggi; Michael J. Mahoney (Coprodutor); Albert Band, Charles Band (Produtores Executivos) / Elenco: Jeffrey Combs, Barbara Crampton, Jonathan Fuller, Jessica Dollarhide, Massimo Sarchelli, Elizabeth Kaza

 

O Castelo Maldito (que foi lançado em VHS como Herança Maldita) junta novamente o diretor Stuart Gordon, em uma adaptação vagamente baseada em um conto de H.P. Lovecraft, com Jeffrey Combs e Barbara Crampton no elenco, sob produção executiva de Charles Band, dessa vez não por sua icônica Empire Pictures, mas pela também incubadora de bagaceiras, Full Moon Pictures.

Reconhece toda essa patota aí em cima né? Os responsáveis por dois dos maiores clássicos de terror dos anos 80 extraídos das páginas do Rei do Indizível: Re-Animator – A Hora dos Mortos-Vivos e Do Além. A única diferença é que este não tem a produção de Brian Yuzna, outro expert no gênero e em Lovecraft, por assim dizer.

O Castelo Maldito é inferior a esses dois longas citados, mas olhe, em termos de terror nos anos 90, até que se mostra como um filme aceitável, perto de inúmeras porcarias colossais que eram lançadas. E vai, é sempre bom ver o Jeffrey Combs atuando, e melhor ainda, uma criatura asquerosa, deformada, sedenta por sangue, com uma sensacional maquiagem de Everett Burrell (que trabalhara na equipe de Kevin Yagher e de Stan Winston e tem em seu currículo Dia dos Mortos, Vamp – A Noite dos Vampiros, Aliens – O Resgate, O Escondido, Dois Olhos Satânicos, a refilmagem de A Noite dos Mortos-Vivos e olhem só, Necronomicon – O Livro Proibido dos Mortos) e boa dose de violência e gore.

Baseado, e de forma não creditada, no conto de dez páginas, “O Intruso” de Lovecraft, com roteiro de Dennis Paoli (também roteirista de Re-Animator e Do Além, BTW), somos apresentados a um castelo em um clima todo gótico que remete e muito aos filmes italianos dos anos 60 e 70, onde a duquesa D’Orsino (Helen String) mantém uma criatura deformada presa em seu porão, alimentando-a com pão duro embolorado e salame, e flagelando o monstrengão com chicotadas em suas costas. Depois de mais uma sessão de esforço, a velha acaba tendo um ataque cardíaco e bate as botas em sua cama.

But everybody calls me... Giorgio!

But everybody calls me… Giorgio!

Eis que John Reilly (personagem de Combs) é parente distante da duquesa e herda o castelo no vilarejo italiano, onde leva sua esposa, Susan (Barabra Crampton) e sua filha adolescente, a cega Rebecca (Jessica Dollarhide) para conhecerem sua nova e lúgubre aquisição. Só que o casal passa por problemas conjugais sérios, uma vez que a garota ficara cega em um acidente de trânsito provocado pelo pai bêbado, assim como a morte do filho mais novo deles, JJ. Então é um verdadeiro martírio a vida de todos os envolvidos, pautada por rejeição, desconfiança e culpa.

A criatura que vivera toda sua vida em reclusão, sem contato humano, a não ser a duquesa (que descobrimos que na verdade era sua mãe) que o torturava e o mantinha em segredo, acaba se libertando (de uma forma bem escabrosa, arrancando o próprio dedão para se livrar das algemas), e então incrivelmente interpretada por Jonathan Fuller, depois de uma sessão de oito horas de maquiagem, vai tocar o terror, se esgueirando pelos aposentos mofados do tétrico castelo, a espreita de vítimas para satisfazer sua sede de sangue, vingança e um estranho desejo afetivo e sexual mesmo quando descobrimos que como desgraça pouca é bobagem, ele foi castrado também pela mãe.

Depois de uma briga homérica entre John e Susan, o sujeito fracassado vai parar em um bar e acaba se engraçando com uma prostituta que leva para o castelo, que será a primeira vítima da criatura, em uma morte de atrocidade mor, com direito a mamilo arrancado a dentadas e coisa pior! Com seu sumiço, um policial, Forte (Luca Zingaretti), se envolve no caso, (até por motivos pessoas) e o advogado Gianetti (Massimo Sarchielli) tenta chantagear John para se livrar da bolsa da garota de programa que Agnese (Elisabeth Kaza), sua irmã e criada do castelo, encontrou por lá como evidência. O que acabará incriminando John como o principal suspeito. Falando nisso, a tal Agnese será a próxima vítima de Giorgio e daí pra frente começa a sanguinolência e a contagem de cadáveres, com o mutante estraçalhando os policiais e tentando abusar de Susan e Rebecca, até que no último ato, vem a redenção de John no embate final contra o vilão disforme.

O Castelo Maldito é um filme perverso,  cheio de personagens com problemas psicológicos e desgraças pessoais por todas as partes, climão gótico e litros e litros de sangue derramado, seguindo já a tradição das fitas dirigidas por Gordon e com o dedo (podre/de midas) de Charles Band, mas sem o costumeiro humor negro e muito mais sombrio. Não é um grande clássico do gênero e até meio obscuro e desconhecido do grande público (pelo menos foi lançado no Brasil em DVD pelo saudoso selo Dark Side da Works Editora), mas vale uma conferida mesmo encontrando-se degraus abaixo dos trabalhos anteriores dessa turminha que deu muitas alegrias aos fãs do horror e do Lovecraft.

Os feios também amam!

Os feios também amam!

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680 – Um Lobisomem Americano em Paris (1997)

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An American Werewolf in Paris

1997 / EUA, Reino Unido, Holanda, Luxemburgo, França / 105 min / Direção: Anthony Walker / Roteiro: Tim Burn, Tom Stern, Anthony Walker / Produção: Richard Claus; Bob Bellion, Alexander Buchman (Coprodutores); Jacques-Eric Strauss (Coprodutor Associado); Klaus Bauschulte, Jimmy de Barbant, (Produtores Associados); Anthony Walker (Produtor Executivo) / Elenco: Tom Everett Scott, Julie Delpy, Vince Vieluf, Phl Buckman, Julie Bowen, Pierre Cosso, Thierry Lhermitte

 

Sou só eu ou Um Lobisomem Americano em Paris é uma afronta? Sério, primeiro por ter a audácia de ser intitulado, de forma completamente errônea, de uma continuação só do melhor filme do subgênero já feito: Um Lobisomem Americano em Londres. Segundo por ser ruim de doer, só isso.

Um projeto que ficou em desenvolvimento por mais de seis anos, onde John Landis, diretor do filme de 1981 era cotado para dirigir e chegou até a escrever um dos vários roteiros considerados para esse fiasco, Um Lobisomem Americano em Paris utiliza apenas alguns dos elementos do seu irmão mais velho londrino para um pano de fundo que eu resumo em uma bobagem adolescente, com piadas ridículas e momentos de humor forçado, nada nem próximo do humor negro do original, e um dos piores CGIs de que se tem notícia.

Sério, talvez o grande diferencial de Um Lobisomem Americano em Londres, que o tornou um filme notório e relevante até os dias de hoje, foram os efeitos especiais. A fantástica transformação do personagem de David Naughton em homem-lobo, que valeu até um Oscar® para seu realizador, Rick Baker sem dúvida é um dos grandes momentos de todo o cinema de horror. E olha que estamos falando do ano de 1981. Como pode 16 anos depois, com avanços da tecnologia, um filme optar por lobisomens completamente feitos em CGI, sem obviamente ter orçamento, ou profissionais ou técnica para tal, e criar aquelas criaturas tão falsas e tão mal feitas que parecem tiradas de um documentário ruim do History Channel?

É simplesmente impossível não dar risadas involuntárias (ou ficar puto) com aqueles lobisomens digitalmente porcos, aquelas transformações nada críveis, aqueles ataques bisonhos. Impossível! Mas isso não é o pior do filme, não. A trama até é interessante: um rapaz americano, Andy McDermott (Tom Everet Scott) está viajando com seus amigos pela Europa, chega em Paris e se apaixona por uma garota que salva do suicídio ao tentar se jogar do alto da Torre Eiffel. Essa moça é Serafine Pigot (Julie Delpy) e ela é uma lobisomem, que faz parte de um clã das criaturas que querem de sua maneira, dominar o mundo, e conseguir uma espécie de soro que poderá fazer com que sua licantropia se manifeste em noites de qualquer fase lunar.

Uh-lá-lá

Uh-lá-lá

Durante uma festa dada apenas para americanos, em que os lobisomens se transformam e dizimam ferozmente todas as suas incautas vítimas, Andy acaba sendo atacado e vai se transformar no tal lobisomem americano em Paris. Cabe a ele e Serafine enfrentar essa casta de monstros malvados e impedir seus planos terríveis. Até aí tudo bem, parece até uma aventura de RPG de Lobisomem: O Apocalipse. O grande problema é exatamente o tom extremamente jocoso, com piadas sem graça e a trilha sonora típica dos besteirol americanos dos anos 90 com umas bandas de punk rock californiana. Parece mais um American Pie do que um filme de terror, que tenta ser uma sequência do clássico dos clássicos lupinos.

Aliás, coloque nessa conta algumas cenas realmente patéticas de dar vergonha alheia, como a trágica passagem da cafeteria e a camisinha, o momento que ele descobre que se tornou um lobo no quarto de Serafine, ou a garota americana que ele conhece num bar e toda a passagem do jantar e do cemitério. Com relação ao original, o que temos em comum? O fato das vítimas mortas dos lobisomens voltarem para trocar ideia com eles, só que retire todo o humor negro e mórbido e troque por piadas de situação ao melhor estilo Zorra Total; os sonhos sobre sonhos, que acontecem em uma dessas sequências ridículas que escrevi aí em cima; e a inépcia da polícia atrapalhada que investiga os assassinatos, que enquanto no primeiro filme parece um esquete de Monty Python, aqui faria Peter Selles e seu Inspetor Clouseau se revirar no túmulo.

Então o veredicto é que o maior erro de Um Lobisomem Americano em Paris é se aproveitar desse título de forma sem vergonha, ao invés de tentar manter-se como um filme, descolando-se o máximo da fita de John Landis. Não funciona nem como homenagem! Fora a expectativa de você assistir algo considerado a sequência de Um Lobisomem Americano em Londres gera. Lembro que assisti a esse filme esperando muito, afinal, já era fã de longa data do original, e acabei detestando de forma avassaladora. E isso perdura até hoje, fazendo com que eu passe um pouco mais de raiva cada vez que eu assisto (e se não me engano, foram apenas duas na vida).

Conselho de amigo? Ignore que Um Lobisomem Americano em Paris exista (ainda mais se você é um sortudo que nunca o viu) e assista novamente Um Lobisomem Americano em Londres. Melhor coisa a fazer, sem dúvida!

One day we're gonna live in Paris

One day we’re gonna live in Paris

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HORRORVIEW – Spring (2014)

684 – A Relíquia (1997)

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The Relic

1997 / EUA, Alemanha, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido / 110 min / Direção: Peter Hyams / Roteiro: Amy Holden Jones, John Raffo, Rick Jaffa, Amanda Silver / Produção: Gale Anne Hurd, Sam Mercer; Mark Gordon, Gary Levinsohn (Produtor Executivo) / Elenco: Penelope Ann Miller, Tom Sizemore, Linda Hunt, James Whitmore, Clayton Rohner, Chi Muoi Lo

Como já escrevi aqui no blog algumas (muitas) vezes, a década de 90 foi um período de estiagem para o cinema de horror, então toda e qualquer produção que aparecesse minimamente decente durante aqueles tempos de vacas magras, era um sopro de alivio para os fãs. Mesmo sendo lançado em 1997, quando o gênero começava a se recuperar, A Relíquia é um desses casos.

Em um post da semana passada, sobre Um Lobisomem Americano em Paris, um dos fãs do horror comentou sobre o uso de CGI nos filmes de terror, e principalmente o fato de a grande maioria das produções do gênero serem marginais e de baixo orçamento, o que fatalmente fará com que os efeitos especiais fiquem toscos e gere uma tremenda perda de credibilidade. O que era para ser visualmente sério, vira motivo de troça. A Relíquia, felizmente, não cai nessa armadilha, com seus 40 milhões de dólares de orçamento e a criatura sendo desenvolvida pelo mago Stan Winston.

E pela primeira vez na história do cinema, um problema acabou se tornando uma involuntária solução acertadíssima. Acontece que o filme estava programado para estrear em agosto de 1996, mas por conta dos atrasos nos efeitos especiais, e o fato da criatura principal não tenha ficado pronta em tempo hábil para as sequências em que sua presença física e visual se faria necessária no set, o filme acabou sendo lançado somente inverno do ano seguinte, e o monstrengo foi dar as caras somente nos trinta minutos finais do filme.

Alguém aí perdeu a cabeça...

Alguém aí perdeu a cabeça…

O que claro, é uma puta boa ideia no sentido narrativo, como já havia nos ensinado Alfred Hitchcock ou mesmo Steven Spielberg com seu Tubarão. Nada de banalizar o monstro e já coloca-lo em toda sua glória e esplendor no começo da fita. Foi se guardado a sete chaves (inclusive os produtores fizeram isso, não deixando ninguém se aproximar das criações de Winston, como acontecera em Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, dadas as devidas proporções), para manter o suspense. Afinal de contas, você pensar que estamos falando de uma deidade indígena sul-americana e que é uma mistura de lagarto, inseto, besouro e tigre, qualquer um ficaria ressabiado.

Pois bem, acontece que a história também é interessante, baseada no best seller homônimo de Douglas Preston (ex-jornalista e relações públicas do American Museum of Natural History de Nova York) e Lincoln Child, onde um antropólogo americano, John Whitney (Lewis Van Berger) está realizando um estudo sobre antigos rituais sagrados na floresta amazônica aqui em nossa terra brazilis. Ele bebe uma espécie de poção alucinógena, tipo uma irmã do ayahuasca, tem uma alucinação da brava, e corta para ele enviando alguns artefatos para o Museu de História Nacional de Chicago, de navio.

Acontece que ao desembarcar no porto da Cidade dos Ventos, toda a tripulação do navio está morta e o antropólogo desaparecido. Os detetives Vincent D’Agosta (Tom Sizemore) e Hollingsworth (Clayton Rohner) passam a investigar o assassinato, sendo que a próxima vítima é exatamente um dos seguranças do museu onde as peças foram enviadas. Um detalhe é que todas as vítimas têm seu cérebro removido e a região do hipotálamo devorada. O museu está preste a abrir uma importante exposição sobre superstições e alguns conflitos e interesses comerciais, incluindo do prefeito de Chicago, impedem o fechamento do local para uma investigação maior.

Os apuros de Penelope

Os apuros de Penelope

Paralelo a isso, a bióloga evolucionista Dra. Margo Green (Penelope Ann Miller) irá ajudar o supersticioso detective D’Agosta na tentativa de  juntar pistas de quem é o assassino, que continua fazendo suas vítimas dentro do museu. Durante o evento de gala é que o bicho vai pegar (literalmente), quando a criatura resolve sair do seu esconderijo no subterrâneo e tocar o terror. Todos os sistemas de segurança do museu entram em pane e os convidados ficarão presos dentro do local e terão que correr por suas vidas, para não serem devorados pela encarnação de Kothoga, que se descobre uma besta quimera sul-americana, uma vez que os membros daquela tribo lá no começo do filme usavam as propriedades de uma planta nativa para transformar animais em uma criatura mutante guerreira para enfrentar seus inimigos.

A Relíquia ao entrar em seu terceiro ato, quando Kothoga realmente aparece em cena, tirando a explicação das mais fantásticas, que requer um nível altíssimo de suspensão de descrença, recorre aos preceitos básicos dos filmes de terror de monstros gingantes assassinos mutantes: correria, claustrofobia, ataques vorazes, uma boa dose de gore e o bom e velho maniqueísmo presente nos surtos heroicos dos protagonistas, e egoístas dos antagonistas. O que ajuda bastante são os efeitos especiais de Stan Wiston, fazendo com que para a época, o CGI dê certo , diferente de outros longas já citados (e comentados) por aqui.

Um entretenimento justo e que até surpreende, tendo em vista sua premissa e o fato de usar e abusar de velhos clichês do gênero (a crítica de Leonard Martin diz que é como “Alien – O Oitavo Passageiro no museu”), é o que você pode esperar de A Relíquia, que atingiu o primeiro lugar no seu final de semana de estreia, mas não manteve força e fechou a bilheteria doméstica com apenas pouco mais de 33 milhões de dólares, não chegando nem a se pagar, relegando-o a um destino obscuro e subestimado.

#Monstro!

#Monstro!

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701 – Pânico no Lago (1999)

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Lake Placid

1999 / EUA / 82 min / Direção: Steve Miner / Roteiro: David E. Kelley / Produção: David E. Kelley, Michael Pressman; Jeff Kaligheri (Produtor Associado); Peter Bogart (Produtor Executivo) / Elenco: Bill Pulman, Bridget Fonda, Oliver Platt, Brendan Gleeson, Betty White, David Lewis

 

Pânico no Lago é um típico filme B, só que de estúdio. Orçamento considerável, saído dos bolsos dos executivos da FOX, com grandes atores de Hollywood no elenco, tipo Bill Pullman e Bridget Fonda, um diretor consagrado no gênero, Steve Miner, e o mais importante, produção e roteiro de um nome que despontava no canal de TV da raposa naqueles tempos: David E. Kelley.

Além de ser casado com Michelle Pfeiffer, Kelley foi o responsável por uma safra de séries de sucesso exibidas na FOX durante o final dos anos 90 e começo dos anos 00, como o drama de hospital, Chicago Hope, as comédias de tribunais, Ally McBeal e O Desafio e o drama sobre escola, Boston Public.

Mas Pânico no Lago parece ser bem aquela válvula de escape em que Kelley resolveu fazer uma homenagem aos bons e velhos eco-horror clássicos, e trouxe novamente à tona (desculpe, não resisti) o perigo de um crocodilo gigante assassino, que já havia sido imortalizado em Alligator – O Jacaré Gigante, clássico da Sessão das Dez, e esculhambado em trasheiras  como Crocodilo – A Fera Assassina de Sergio Martino ou Killer Crocodile do picareta Fabrizio de Angelis.

Com Miner atrás das câmeras, que já dirigira Sexta-Feira 13: Parte 2, Sexta-Feira 13 – Parte 3 e Halloween H20 – 20 Anos Depois, então é um sujeito que manja do riscado, Pânico no Lago entretém na medida, com atuações bem leves dos atores (tirando o insuportável papel caricato de Oliver Platt), tem lá sua boas doses de violência e sangue, e acerta em cheio nos efeitos especiais, tanto no CGI quanto nos animatrônicos do réptil anabolizado, cortesia da equipe de Stan Winston.

NHAC!

NHAC!

Na trama, um crocodilo gigante aparece em um lago no Maine, e o xerife Hank Keough (Brendan Gleeson) e o oficial do departamento de Caça e Pesca, Jack Wells (Pulman), após a morte de um mergulhador que é devorado ao meio, envia um pedaço de dente para análise em um museu de Chicago. O chefe do departamento de paleontologia do museu envia a patricinha Kelly Schott (Fonda), com quem teve um caso recente e agora começara a sair com sua amiga, para o local para ajudar nas investigações (e se livrar da moça, super gente boa o sujeito).

Junta-se a equipe o excêntrico professor Hector Cyr (Platt), um sujeito ricaço e sem papas na língua, que é obcecado por crocodilos e se atem ao preceito de que os antigos os veneravam como verdadeiras divindades. Durante a investigação, fatalmente descobre-se que o crocodilo tem cerca de nove metros de comprimento (após o animal atacar um urso e arrastá-lo para a água como se fosse um gatinho), e que simplesmente não deveria estar ali em um lago do Maine. Acontece que uma senhorinha que mora nas redondezas, Delores Bickerman (Betty White), está cuidando e alimentando o enorme monstro com seu gado, como se fosse seu bichinho de estimação!!!

Miner obviamente se aproveita da cartilha de Tubarão de Spilelberg e na primeira metade do filme mantém o suspense, mostrando pouquíssimas vezes o animal, para guarda-lo em todo seu esplendor para o ato final. Após diversas desavenças entre o grupo, principalmente entre Cyr e o xerife Kenough, sobre matar a ameaça ou captura-la viva, e um crescente romance entre Kelly, típico mocinha da cidade grande que não se adapta ao local e a vida selvagem, com Wells, tudo converge para um confronto final com a criatura, em uma cena absolutamente desnecessária de crueldade animal com uma vaca usada como isca.

Bom, Pânico no Lago é um típico filme de Sessão da Tarde e não é de se esperar muito mais que um entretenimento descompromissado, e essa é bem a ideia. Ainda assim ele fez um relativo sucesso nos cinemas (e na TV a cabo, pois lembro o quanto era reprisado a exaustão na FOX, pois sempre via o comercial do filme durante os intervalos de Arquivo X) e gerou uma quadrilogia (isso mesmo, você leu direito) e até um recente crossover com a Anaconda (sim, você também leu direito)!!!!

Zé Jacaré

Zé Jacaré

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681 – O Mestre dos Desejos (1997)

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1997 / EUA / 90 min / Direção: Robert Kurtzman / Roteiro: Peter Atkins / Produção: Pierre David, Clark Peterson, Nöel Zanitsch; David Tripet (Coprodutor); Erik Salzgaber (Produtor Associado), Wes Craven (Produtor Executivo) / Elenco: Tammy Lauren, Andrew Divoff, Robert Englund, Chris Lemmon, Wendy Benson-Landes, Tony Crane, Kane Hodder, Tony Todd

 

O Mestre dos Desejos é um filme um tanto quanto ambíguo. Ele funciona muito bem como homenagem ao cinema de terror, tem em seus créditos uma porrada de gente importante para o gênero, criou mais um movie maniac, mesmo que sem o charme ou sucesso de outras criaturas da lista, tem uma história até que interessante e efeitos especiais e de maquiagem bem bacanas. Mas…

Sempre tem um mas, né? E aqui no caso é que apesar de tudo isso, é um filme mediano, que fica meio em um limbo daquelas produções sem muito brilho dos anos 90, apesar do esforço de todos os envolvidos, começando aí por Wes Craven, o nome com mais destaque – inclusive em toda a campanha de marketing – produtor executivo do longa, e que em matéria de criar personagens icônicos do cinema de terror, já havia nos brindado com o Freddy Krueger e o Ghostface.

A direção ficou por conta de Robert Kurtzman, especialista em efeitos especiais e de maquiagem, mais precisamente, o K da KNB EFX Group, empresa em que é sócio junto de Greg Nicotero e Howard Berger, experts no assunto (para você saber, são os responsáveis pela série The Walking Dead), e que também assinam os efeitos visuais em pareceria com a Image Animation International. Por isso volto a frisar que os efeitos especiais, a maquiagem (e o gore, por conseguinte) e o visual do vilão, são de primeira.

A trama, escrita por Peter Atkins explora a figura do Djinn, o gênio das lendas árabes, que ao invés de ser aquele sujeito azul que sai da lâmpada e ajuda o Alladin (ou o KAZAM! de Shaquille O’Neal, muito mais assustador) é uma criatura demoníaca, devassa, que distorce o desejo do humano cheio de cobiça que o liberta. É sua obrigação conceder três desejos àquele que o tirar do sono eterno, e quando esse último desejo é atendido, o Djinn transformará toda nossa realidade em um inferno e acabará com a humanidade. Bem assim…

Tim-tim
Tim-tim

Pois bem, um sacerdote persa consegue aprisionar a malévola criatura em uma gema opalina e milênios depois, é libertado acidentalmente por uma jovem pesquisadora, Alexandra Amberson (Tammy Lauren). O Djinn parte em busca da moça, assumindo uma forma humana de nome Nathaniel Demerest (Andrew Divoff), deixando um rastro de morte concedendo desejos adulterados para aqueles que encontra pelo caminho, tocando o terror para que a moça faça seus três desejos e assim, o monstro megalomaníaco domine o mundo.

A realização dos desejos por parte do Djinn é das mais espetaculosas, e remete aos mais pirados momentos do pesadelos do Freddy Krueger, tipo transformando uma garota em manequim, fundindo um segurança com uma porta de vidro ou metendo outro leão de chácara amarrado em uma camisa de força dentro de um tanque de água, à lá Houdini. Isso sem contar a orgia de sangue e mortes escalafobéticas quando o vilão resolve dar de penetra em uma festa organizada pelo museólogo Raymond Beaumont, papel do Robert Englund, o Titio Freddy em pessoa.

Aliás, falando em Robert Englund, O Mestre dos Desejos tem uma pá de participações especiais de vários atores do cinema de terror, entre eles Angus Scrimm, o Tallman de Fantasma; Tony Todd, o Candyman; Kane Hodder, o Jason Voorhees a partir de ; e Ted Raimi, irmão de Sam Raimi, fake shemp em A Morte do Demônio e a velha Henrietta possuída em Uma Noite Alucinante, entre outros.. E os sobrenomes dos personagens: Finney, Beaumont, Derleth e Demerest são todos referências aos escritores de terror, suspense e ficção-científica dos anos 50.

O Mestre dos Desejos foi lançado nos cinemas e fez um relativo sucesso, faturando mais de seis milhões de dólares de bilheteria doméstica (seu orçamento foi estimado em cinco milhões), mais sucesso no mercado de home-vídeo (eu mesmo assisti em VHS na casa dos amigos), acabou se tornando um filme até cultuado e respeitado em seu meio, e deu origem uma franquia, com mais outras três continuações.

Djinn é um gênio
Djinn é um gênio

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A natureza mostra seu lado sombrio no trailer de The Hallow

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O termo “floresta assombrada” alcança um outro nível! Lançamento em VOD (\o/) será no dia 06 de novembro.


O terror The Hallow vem fazendo certo sucesso no circuito de festivais, recebeu um excelente review pelo site Bloody Disgusting (valendo QUATRO caveiras) quando exibido Sundance, ganhou força no boca a boca e vem sendo considerado “o melhor filme de criaturas desde Abismo do Medo” (WOW, aí sim).

Hoje a IFC Midnight cravou a data de seu lançamento nos cinemas americanos e em VOD, para a alegria do ROW (Rest of the World, como diriam os yankees): 06 de novembro.

A sinopse promete:

Nas profundidades escuras de uma floresta isolada na Irlanda rural habita um antigo mal. Temido pelos supersticiosos moradores das proximidades como criaturas amaldiçoadas que caçam os perdidos, seus segredos foram mantidos longe da civilização e permanecem em solo sagrado. Mas quando um conservacionista de Londres vai morar com sua esposa e filho pequeno, a fim de estudar o terreno para um futura construção, suas ações sem querer perturbam uma horda de forças demoníacas. Sozinho em um remoto ambiente selvagem, ele deve garantir a sobrevivência de sua família de seus ataques implacáveis.

Ansiedade DEFINE para assistir ao longa de debute do diretor Corin Hardy (o mesmo escalado para a nova adaptação de O Corvo de James O’Barr para as telonas). Confira o trailer abaixo:


Olhos Famintos 3 é confirmado!

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Victor Salva volta para escrever e dirigir terceiro filme da série, produzido por Francis Ford Coppola, que será lançado em 2016


Aos fãs do Creeper, boa notícia: Olhos Famintos 3 foi confirmado durante o Festival de Toronto, e será lançado em 2016, encerrando a trilogia da criatura que faz sua colheita de humanos, segundo a Variety.

O último capitulo da série terá Victor Salva de volta a direção e roteiro, assim como o godfather Francis Ford Coppola como produtor, por meio de sua American Zoetrope, em associação da Odyssey Media e The Cartel.

Jonathan Breck também retorna ao papel do famigerado The Creeper e Brandon Smith irá reprisar o Sargento Davis Tubbs do primeiro filme, juntando-se a uma força-tarefa que está determinada a destruir o monstro durante seus próximos 23 dias de caçada à partes de corpos humanos.

Há alguns anos foi anunciado e registrado no IMDb que o título do terceiro filme seria Jeepers Creepers: Cathedral, mas não é certo nesse ponto se a produção manterá esse nome ou se será baseado na mesma ideia inicial.


Veja imagens SENSACIONAIS de Space Monsters Must Die

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Filme do diretor John Migliore é uma baita homenagem aos filmes de monstros gigantes dos anos 50 e 60


Quem não adora um monstro gigante devastando uma cidade, hein? Desde os clássicos filmes de kaijus de Eiji Tsuburaya, essas produções deliciosamente toscas vem divertindo gerações.

John Migliore, querendo prestar uma homenagem aos filmes de monstros espaciais dos anos 50 e 60, está desenvolvendo Space Monsters Must Die, comédia de sci-fi que ignora bonito as nababescas criaturas em CGI dos dias de hoje, tipo Transformers, Godzilla e Círculo de Fogo, e traz de volta os bons e velhos tempos das matinês (e filmes queridos pelo Horrorcast).

Migliore falou ao blog Undead Backbrain que foi influenciado pelos filmes japoneses de monstros e também pelos big bugs (filmes de insetos gigantes, crias da radiação) dos anos 50 e 60, além de ter recebido influência pesada de histórias em quadrinhos, principalmente dos monstros de Jack Kirby, uma vez que ele mesmo é roteirista de HQs e adaptou as sequências do filme Stargate para a Entity Comics.

“Eu acredito que haverá uns sete monstros ao todo [em Space Monsters Must Die]. Grande parte do filme será em suitmation (NE: técnica surgida no Japão que utiliza um ator em uma roupa de monstro de borracha, muitas vezes se movendo através de um modelo em escala de cenário para dar a impressão de tamanho gigante). Eu devo utilizar outros métodos, mais ainda é muito cedo para dizer com certeza”

Não há nenhuma ideia de quando essa maravilha chegará ao nosso alcance. Enquanto isso, delicie-se com a galeria de imagens da pré-produção abaixo e curta a página deles do Facebook para ficar ligado em novidades.
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Velho oeste e lobisomem no trailer de Blood Moon

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Trailer do longa britânico do diretor Jeremy Wooding mostra o licantropo no tempo das diligências.


Blood Moon, fita britânica de lobisomem do diretor Jeremy Wooding, traz a lendária criatura que se transforma nas noites de lua cheia no oeste selvagem americano.

O longa estreia nos cinemas do Reino Unido no próximo dia 28 de setembro, e em 05 de outubro, acontece seu lançamento em DVD e VOD. Não temos título e nem previsão de lançamento no Brasil. O filme é estrelado por Shaun Dooley (Sem Saída), George Blagden (da série Vikings), Anna Skellern (Abismo do Medo 2) e Corey Johnson (O Ultimato Bourne).

Confira abaixo a sinopse, trailer e pôster.

Quando dois foras-da-lei do Coloroado sequestram uma diligência, os passageiros – entre eles o misterioso pistoleiro Calhoun (Dooley) – rezam para sobreviver à provação e conseguir escapar. Mas logos eles irão descobrir que o verdadeiro perigo espreita do lado de fora – uma besta conhecida pelos nativos americanos como “skinwalker” – que só aparece nas noites de uma lua vermelha da cor de sangue para se alimentar de carne humana.

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734 – Dog Soldiers – Cães de Caça (2002)

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Dog Soldiers


2002 / Reino Unido, Luxemburgo, EUA / 105 min / Direção: Neil Marshall / Roteiro: Neil Marshall / Produção: David E. Allen, Christopher Flagg, Tom Reeve; Keith Bell, Brian O’Toole (Coprodutores); Caroline Waldron (Produtora Associada); Vic Bateman, Harmon Kaslow, Romain Schroeder (Produtores Executivos) / Elenco: Sean Pertwee, Kevin McKidd, Emma Cleasby, Lian Cunningham, Thomas Lockyer, Darren Morfitt


Dog Soldiers – Cães de Caça é o melhor filme de lobisomem desde os tempos áureos dos filmes de lobisomem nos anos 80, e ponto. Para ser mais sincero, talvez desde A Hora do Lobisomem, baseado no livro de Stephen King, que sucedeu os clássicos Um Lobisomem Americano em Londres e Grito de Horror, os suprassumos do gênero.

Isso se deve muito pela forma como Neil Marshall conduziu o longa, misturando elementos de horror com ação, muito na pegada câmera na mão que dá aquele toque de cinema de guerrilha, um excelente time de atores britânicos, e acima de tudo a escolha, acertadíssima de não utilizar CGI para a criação dos lobisomens. Como nos bons e velhos tempos, afinal sabemos os resultados desastrosos de lincatropos construídos por efeitos digitais, desde Um Lobisomem Americano em Paris, passando pela saga Underworld e até mesmo o contemporâneo francês O Pacto dos Lobos.

Os envolvidos acreditavam no exagero e saturação do CGI no gênero (isso em 2002, imagine hoje em dia…) e preferiram efeitos práticos, usando animatrônicos e fantasias com pernas de pau (para aumentar o tamanho das criaturas). Os efeitos de maquiagem foram supervisionados por Dave Bonneywell, o mesmo de O Enigma do Horizonte, O Filho de Chucky, Extermínio 2, Rei Arthur, Alexandre, Fúria de Titã e Hellboy II: O Exército Dourado. Já os animatrôncios ficaram a cargo de Richard Darwin de Hellraiser III – Inferno na Terra, Alien vs. Predador, Harry Potter e O Enigma do Príncipe, Planeta dos Macacos: A Origem, O Guia do Mochileiro das Galáxias e Missão Impossível – Protocolo Fantasma.

Outros dois pontos que devem-se salientar é a presença constate de humor negro com requintes do humor britânico (sem dúvida a melhor sacada é o “there is no Spoon” referência clara a Matrix, quando o soldado Spoon é morto), e claro, o gore, muito gore. Afinal, é a droga de um filme de lobisomem, então queremos ver o monstro que se transforma na lua cheia destroçando as pessoas com suas garras, arrancando nacos de carnes e vísceras com suas dentadas, sangue jorrando aos borbotões e por aí vai. É uma verdadeira sessão de sangreira desmedida toda vez que os meio homens, meio lobos, atacam algum membro do exército inglês.

Engole chumbo, Lobão!
Engole chumbo, Lobão!

Na verdade essa mistura com filme de guerra, e as incontáveis referência e homenagens ao filme Zulu de 1964 (onde soldados ingleses têm de enfrentar um bando de guerreiros zulus em maior número), se dá por conta da trama, onde um grupo do exército britânico está em treinamento nas florestas inóspitas da Escócia, e passam a ser atacados por uma alcateia de lobisomens, obrigados a se refugiar em uma casa, junto de uma bióloga que se mudou para o local para estudar as criaturas, e lutar por suas vidas, enquanto a munição vai diminuindo e o dia não nasce.

Rever Dog Soldiers é interessante por você sacar quantos rostos conhecidos hoje em dia, principalmente dos fãs de séries de TV, estão no elenco. Começamos pelo líder da equipe, o Sargento Wells, vivido por Sean Pertwee, que hoje faz o papel do mordomo Alfred na série Gotham. Depois temos o mocinho do longa, Kevin McKidd, que se tornou o Dr. Owen Hunt de Grey’s Anatomy. Por fim, o antagonista humano, Capitão Ryan, líder da equipe de forças especiais que pretendia capturar e estudar os lobisomens para usá-los como arma de guerra e colocou todo o time do Sgt Wells em perigo como dispensáveis, que é interpretado por Liam Cunningham, o Davos Seaworth, o Cavaleiro das Cebolas de Game of Thrones.

Aliás, o ritmo frenético que Marshall imprime nas batalhas contra os monstrengos e principalmente na investida final à casa, quando todo o filme converge para a hora do “lobo beber água” é sensacional, e deixa o nível de adrenalina lá no alto, o que se tornou até certo ponto uma marca do diretor, inclusive nos seus próximos longas, o espetacular Abismo do Medo e Juízo Final. Pena que depois ele ficou um bom tempo sem fazer nada para o cinema, focando seu trabalho na televisão, dirigindo episódios de Game of Thrones, Constantine e Hannibal. Só neste ano que ele dirigirá um dos segmentos da antologia Tales of Halloween e é cogitado como diretor de Skull Island: Blood of the Kong, nova versão de King Kong para a Universal.

Dog Soldiers – Cães de Caça é um daqueles filmes até subestimados, mas que com certeza, está no top cinco dos melhores filmes de lobisomem de todos os tempos. Para os fãs da criatura peluda que uiva para a lua cheia, é um prato cheio!

There is no spoon!
There is no spoon!


Horrorcast#94 – A Casa do Espanto (1986)

Afinal, o que é Rua Cloverfield, 10, Sr. J.J. Abrams?

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Trailer de uma possível sequência ou spin off do found footage de monstro de 2007 surgiu do nada e deixou todo mundo em polvorosa!


Pipocou na Internet nessa sexta-feira o trailer de um tal 10 Cloverfield Lane, (ATUALIZADO: Que já ganhou seu título em português, Rua Cloverfield, 10 e trailer legendado) causando um furor imenso, exibido junto com as cópias de 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi, de Michael Bay. Mas afinal, o que cargas d’água é esse filme?

Cloverfield – Monstro, excelente found footage lançado em 2007 mostra o ataque de uma criatura gigante em Nova York, e foi dirigido por Matt Reeves, escrito por Drew Goddard e produzido por J.J. Abrams, sua primeira investida no cinema depois dos sucessos de Lost e Alias nas telinhas.

Eis que essa nova produção também foi filmada às escondidas e também lançada nesse esquema super secreto, viralizado, sem ninguém saber muito do se tratava, assim como o original – e o que é sensacional em um tempo de cinema didático e revelador ao extremo, taí os trailers de Vingadores: A Era de Ultron e Batman vs Superman: A Origem da Justiça para não me deixar mentir – e exatamente junto com as cópias de outro filme de Michael Bay.

Primeiro começou a surgir uns bootlegs no YouTube e depois a Paramount oficializou o trailer e o projeto que relativamente NINGUÉM sabia que estava sendo produzido e BOOM, quebrou a Internet (pelo menos para os fãs de cinema fantástico). Isso porque parece tratar-se de uma “sequência” – ou derivado – do filme original, mas sem nenhum detalhe sobre a trama, sem found footage e aparentemente nenhuma menção sobre ser um “filme de monstro” ou “filme catástrofe”.

Como se vê no teaser trailer, ele se inicia com uma família perfeita que vive em um abrigo de bombas e depois descobre-se que o personagem de John Goodman os mantém ali trancados. Quando a garota, vivida por Mary Elizabeth Winstead, escapa, Goodman tenta a impedir e fica verdadeiramente desesperado, daí sim ficando claro que ele estava de fato tentando protegê-los de “algo que está vindo”.

Mas que diabos, que comecem as teorias: uma nova evolução do monstro de Cloverfield? Um spin off que se passa naquele mesmo universo, depois dos acontecimentos de Cloverfield – Mostro que deixou a a cidade inabitável depois do ataque da criatura (ou a Terra, depois de um ataque em massa)? O nascimento de uma nova franquia de sci-fi derivada? Ou que não tem absolutamente nada a ver com o original?

O próprio Abrams deu uma declaração confirmando o projeto:

A ideia surgiu há muito tempo, durante a produção. Nós queríamos fazer um ‘parente de sangue’ de Cloverfield. A ideia foi desenvolvida ao longo do tempo. E queríamos segurar o título o quanto fosse possível.

O que importa é que de repente, todo mundo ficou empolgadíssimo com o filme e as milhares de possibilidades e segredos. A estreia relâmpago será no dia 10 de março aqui no Brasil, e Rua Cloverfield, 1o será dirigido por Dan Trachtenberg, conhecido pelo curta Portal: No Escape.

O tal trailer (legendado) você confere abaixo e diz aí, qual a sua teoria?

 


Tom Cruise no re-remake de A Múmia

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Ator é confirmado no elenco de mais uma releitura do clássico e nova data de estréia é anunciada pela Universal.


O que antes era um rumor, agora se confirma. Tom Cruise foi confirmado para estrelar o remake de A Múmia. Como noticiamos há algum tempo, a Universal Studios está preparando uma leva de remakes de seus clássicos filmes de monstros dos anos 30 para criar um universo expandido, estilo o que vem sendo feito no Marvel Cinematic Universe.

A confirmação do ator no projeto fez com que a data de lançamento tivesse de ser mudada, sendo assim, passando-a para 9 de Junho de 2017. Além de Tom “Ethan Hunt” Cruise, o filme também será estrelado por Sofia Boutella (Kingsman: Serviço Secreto). O roteiro se passará nos dias modernos e será escrito por Jon Spaihts (Prometheus) e a direção fica na mão de Alex Kurtzman (O Espetacular Homem-Aranha 2).

Bom, pelo menos não é o Brendan Fraser… :P

Tô de olho no senhor!
Tô de olho no senhor!

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